A limitação de plásticos de uso único é uma das atribuições fundamentais do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que recomenda adotar um estilo de vida circular, ou seja, reutilizar o que é possível (como canecas e garrafas, por exemplo), optar por compras a granel e usar recipientes que possam ser reabastecidos e até mesmo promover ações no para coletar resíduos descartados incorretamente.
Para Adriana Giacomin, Country Manager Brasil da Bioelements - empresa líder em soluções inovadoras e sustentáveis para embalagens, que oferece diversas alternativas de base biológica, biodegradáveis ou compostáveis -, é possível fazer ainda mais e em larga escala. Segundo ela, o caminho é investir em tecnologia e inovação para o desenvolvimento de alternativas que mitiguem os impactos na natureza. “No passado, a descoberta do plástico revolucionou diversos setores da economia, mas hoje o desafio é outro: é preciso criar soluções que não apenas substituam o plástico convencional, mas que também promovam uma economia mais sustentável. É essencial continuar atendendo às necessidades da sociedade, mas dessa vez com responsabilidade ambiental”, pontua.
Em 2023, a companhia recebeu um investimento da Private Equity do BTG Pactual no valor de US$30 milhões para expandir as operações e continuar pesquisando e desenvolvendo inovações para enfrentar os desafios ambientais globais. No mesmo ano, a Bioelements comercializou 155 toneladas de plástico biodegradável e registrou um crescimento de 350% no Brasil. Já em em 2024, alcançou 250 toneladas até outubro, número que representa mais de 10 milhões de sacolas plásticas substituídas por materiais sustentáveis. A companhia espera alcançar um crescimento ainda maior em 2025, com 800 toneladas no país.
Ybellise Azocar, Head of Science da Bioelements, explica que “enquanto o plástico convencional pode demorar até 400 anos para degradar, os plásticos biodegradáveis desenvolvidos pela Bioelements passam pelo processo de biodegradação em até 20 meses e em diversas condições naturais. O material serve como fonte de alimento para fungos e microrganismos, não deixa fragmentos tóxicos ou microplásticos no meio ambiente e evita a contaminação dos ecossistemas”. Além disso, a especialista afirma que essas embalagens tecnológicas já estão no mercado substituindo sacolas de supermercado, embalagens para roupas, pacotes de papéis de todos os tipos, embalagens usadas em deliverys, entre outras soluções.
A transformação só é possível se todos contribuírem, mas aqueles que causam maior impacto precisam liderar essa mudança, segundo Adriana. “Essa pauta deve estar dentro das empresas, indústrias e governos. Os consumidores já estão dando sinais que querem consumir com mais responsabilidade. Os resultados da pesquisa que realizamos, em parceria com a La Vulca e Netquest este ano mostram que quase 80% dos entrevistados brasileiros querem maior compromisso das companhias na gestão de resíduos e esse mesmo percentual de consumidores já olharia para uma empresa de forma mais positiva se ela oferecesse plásticos biodegradáveis em seus produtos”, conclui.
Informações:Mariana Mansano/cdicom
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