O gestor de Mercado Internacional da
Assintecal, Luiz Ribas Júnior, ressalta que o dado negativo reflete um
ajuste do mercado internacional, com o retorno da China após um período
de restrições à indústria local em
função da política de Covid Zero. “O que tivemos em 2022 foi atípico, um
movimento forte de retomada da demanda após a pandemia. Somando o fato à
pausa da China e ao aumento dos custos com fretes, tivemos resultados
bastante expressivos,
principalmente para a América Latina. A tendência que temos percebido é
de um ajuste, tanto que estamos nos mesmos níveis registrados na
pré-pandemia”, avalia. O fato positivo, segundo ele, é que os mercados
conquistados durante a pandemia, na
América Latina, seguem fortes. “Mostra que o trabalho foi muito bem
realizado nesses mercados, fidelizando clientes importantes”,
acrescenta.
Destinos
Principal
destino das exportações brasileiras de componentes e químicos para
couro e calçados, a China importou o equivalente a US$ 9,8 milhões em
produtos verde-amarelos no primeiro
bimestre, 84% menos do que no mesmo ínterim do ano passado.
O segundo destino dos embarques de
componentes foi a Argentina. Sofrendo com a demanda interna enfraquecida
e os impactos da restrição aos pagamentos de importações, o país
vizinho importou, no primeiro bimestre, US$ 6,3
milhões em produtos brasileiros. A queda foi de 102% em relação aos
primeiros dois meses de 2022.
Na terceira posição entre os destinos
dos embarques do setor está Portugal, para onde foram enviados o
equivalente a US$ 3,7 milhões em componentes verde-amarelos, 154% menos
do que no mesmo intervalo do ano
passado.
Origens
Respondendo
pela primeira posição entre os exportadores do setor, o Rio Grande do
Sul enviou ao exterior o equivalente a US$ 31,9 milhões no primeiro
bimestre, 13% menos do que no mesmo período
de 2022.
Na segunda posição apareceu São
Paulo, que exportando o equivalente a US$ 7,56 milhões, registrou um
incremento de 22% ante o intervalo correspondente do ano passado.
Fechando o ranking das origens das
exportações de componentes e químicos apareceu a Bahia. No bimestre,
partiram as fábricas baianas o equivalente a US$ 539,64 mil, 865% menos
do que no mesmo período de
2022.
Materiais
Os
principais materiais exportados pela indústria brasileira de componentes
e químicos para couro e calçados foram os “Químicos para couros”, que
geraram US$ 36 milhões no primeiro
bimestre, 4% mais do que no mesmo período de 2022.
Na segunda posição entre os produtos
mais exportados pelo setor no período estão os “Cabedais”, que geraram
US$ 9,86 milhões, 61% menos do que no primeiro bimestre de 2022.
Na terceira posição aparecem os
“Químicos para calçados” , que geraram US$ 7,13 milhões, 7% mais do que
nos primeiros dois meses do ano passado. Na sequência aparecem os
laminados sintéticos, solados e
palmilhas.
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