Manifestações realizadas nas 27 capitais brasileiras nesta quinta-feira (11) tiveram leitura de cartas em defesa do Estado democrático de Direito e do sistema eleitoral brasileiro.
O movimento foi capitaneado por duas cartas, feitas por ex-estudantes da USP e pela Fiesp, que foram oficialmente lidas nesta manhã na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no centro da capital paulista, com a presença de empresários, artistas, juristas e representantes de entidades.
O conteúdo dos documentos foi endossado em atos em cidades como Brasília, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Florianópolis, Teresina, Fortaleza, Maceió, Salvador, Manaus, Rio Branco, Vitória, Cuiabá, Campo Grande, Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Juiz de Fora (MG), São Carlos (SP) e Mogi das Cruzes.
Em um vídeo divulgado na quarta-feira (10), 42 artistas como Fernanda Montenegro, Caetano Veloso, Chico Buarque, Marisa Monte, Anitta, Lázaro Ramos e Camila Pitanga se dividem na leitura do documento. No ato da USP, a cantora Daniela Mercury participou da manifestação.
Pelas redes sociais, artistas como Caetano Veloso, Alinne Moraes, Bruno Mazzeo, Gal Costa, Maria Bethânia, Djavan e mais famosos também participaram e apoiaram o manifesto em defesa do Estado Democrático de Direito.
A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito” começou com a assinatura de ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), artistas, acadêmicos, banqueiros e empresários.
Desde que foi aberta a toda a sociedade, a carta já foi endossada por mais de 900 mil pessoas, entre elas 727 porteiros, 8.973 desempregados, 5.045 enfermeiros, 4.217 motoristas, 6.619 policiais, 519 delegados de polícia, 28.868 engenheiros, 15 mil médicos e 4231 magistrados, entre outros, segundo os responsáveis pela iniciativa. (Veja a lista completa de assinaturas aqui).
Os presidenciáveis Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D’Ávila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB), Léo Péricles (Unidade Popular) e José Maria Eymael (Democracia Cristã) também a assinaram, assim como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
Na Bahia a manifestação aconteceu no centro de Salvador pela manhã. A
carta foi lida na Praça da Piedade pela ativista Diva Santana, que faz
parte do grupo Tortura Nunca Mais e da extinta Comissão de Mortos e
Desaparecidos Políticos, pela ditadura militar.
O documento, que foi lançado depois de seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro, não cita seu nome. Bolsonaro não a endossou e fez críticas.
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