Municípios brasileiros sofrem com desabastecimento de mais de 60 medicamentos. Na lista da escassez, estão remédios importantes para controle de
diabetes, pressão alta e também antibióticos. Faltam ainda medicamentos
mais complexos, como por exemplo quetiapina, desonida, usados no
tratamento de leucemia.
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) solicitou ações urgentes ao Governo Federal, com objetivo de sanar os problemas de falta de medicamentos. Em maio, foram registradas irregularidades de abastecimento, dificuldade de garantia de estoque e elevação dos preços praticados.
Há impasse na compra de Dipirona Sódica, Neostigmina, Ocitocina e até soro fisiológico.
De acordo com ofício do Conselho, os serviços de saúde já reportam dificuldades em manter seu funcionamento.
“Esses medicamentos faltantes são essenciais e o desabastecimento representa um sério risco a vida”, afirma o CONASEMS.
As justificativas para as faltas são: impactos na logística de importação após pandemia de Covid-19, atual lockdown na China e guerra entre Rússia e Ucrânia.
Os conflitos entre russos e ucranianos atingiram diretamente a disponibilidade de produtos IFAs (Consumo Farmacêutico Ativo) e outros componentes para fabricação de medicamentos.
“Se não houver uma regulação efetiva dos preços, corre-se risco de legitimar um patamar de preços inadequados ao mercado e insustentáveis ao SUS”, complementa o CONASEMS.
Um raio-x feito pela Confederação Nacional dos Municípios confirma essa escassez em todo o país: 80,4% das prefeituras responderam que estão sem remédios e insumos básicos para atender à população mais desprotegida, que depende de medicamentos fornecidos pelo governo.
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