As negociações pela criação de uma frente de esquerda avançaram neste sábado (27). Após uma longa reunião em São Paulo, dirigentes do PT, PSOL, PC do B e movimentos sociais, fecharam uma pauta de eventos para divulgar as atividades e anseios do que agora será chamado de "Grupo Brasil", o embrião da coalizão.
Os cabeças do movimento marcaram um novo encontro para o dia 25 de julho, no qual vão discutir as diretrizes do grupo num encontro que contará com a participação de economistas que falarão sobre os problemas da economia e o ajuste fiscal promovido pelo governo da presidente Dilma Rousseff.
Dois nomes foram mencionados pelos integrantes da reunião de hoje para integrarem o próximo encontro: Luiz Gonzaga Beluzzo e Márcio Pochmann. Ambos têm feito críticas à política econômica implementada no segundo mandato da presidente. Após essa segunda reunião, o grupo pretende lançar um documento apontando o que pensa sobre os rumos do país e da esquerda.
O "Grupo Brasil" também definiu que haverá uma primeira conferência nacional da frente, prevista para acontecer dia 5 ou 6 de setembro. A ideia é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vá a esse encontro.
A iniciativa é uma aposta para fortalecer os partidos de esquerda, em especial o PT, que atravessa a mais grave crise institucional de sua história. No encontro deste sábado, integrantes do grupo argumentaram que está em gestação um escalada do conservadorismo no Brasil, que não mira só o petismo, mas uma série de pautas progressistas, como os direitos LGBT.
Apesar de fortalecer alas e bandeiras históricas do PT, a formação do grupo pode contribuir para pressionar ainda mais o governo Dilma a mudar os rumos de suas decisões na economia e a condução das negociações com o Congresso Nacional. Leia mais
Reprodução Uol
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