O motorista que conduzia o carro de Cristiano Araújo na noite do acidente, Ronaldo Miranda Ribeiro, afirmou à Polícia Civil de Goiás que dirigia acima da velocidade permitida no trecho da BR-153, em Goiás, que era de 110 km/h.
"Ele confirmou que desenvolvia velocidade acima do permitido no trecho em que ocorreu o acidente, mas que não recorda da velocidade exata", disse ao UOL Norton Luiz Ferreira, delegado-chefe da comunicação da Polícia Civil de Goiás. "Momentos antes do acidente, ele diz que ouviu um estouro, que indicava que o pneu havia furado. Depois, perdeu o controle da direção e não se recorda de muita coisa".
O motorista afirmou também que as rodas da Range Rover que pertencia a Cristiano Araújo não eram originais, e que foram dadas ao cantor por um amigo. "Ele sabia que as rodas haviam sido soldadas, mas nunca imaginou que isso [o acidente] pudesse acontecer". Em comunicado divulgado à imprensa, a Jaguar Land Rover afirma que colabora com as investigações e que não recomenda em nenhuma circunstância o uso de peças e acessórios não originais em seus veículos.
No depoimento, Ronaldo confirmou que Cristiano e a namorada, Allana Moraes, não usavam cinto de segurança no banco de trás durante a viagem. A Polícia Rodoviária Federal já havia dito, no dia seguinte ao acidente, que evidências colhidas no local indicavam que o casal estava mesmo sem o cinto de segurança. O produtor Victor Leonardo, que viajava ao lado de Ronaldo no banco da frente, também será ouvido pela Polícia Civil.
A polícia espera o laudo técnico sobre o acidente para decidir se o motorista será indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os veículos da Land Rover são equipados com módulos eletrônicos que registram condições do automóvel no momento da abertura dos airbags, o que pode ajudar a perícia nas investigações.
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