O ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco afirmou, em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), que a empresa britânica Rolls-Royce pagou propina para assegurar um contrato de US$ 100 milhões com a estatal. A multinacional forneceu turbinas de geração de energia para plataformas de petróleo.
As declarações de Barusco foram dadas ao MPF e à Polícia Federal em 21 de novembro de 2014 e divulgadas no andamento processual da Operação Lava Jato em 5 de fevereiro. Conforme o ex-gerente, o dinheiro era pago pela Rolls-Royce por intermédio de Luiz Eduardo Barbosa, ex-funcionário do grupo de engenharia suíço ABB, em uma conta do Banco Safra, na Suíça. De acordo com Barusco, Luiz Eduardo era operador de Rolls-Royce, SBM e Alusa no esquema de corrupção da Petrobras.
O suposto pagamento de propina pela Rolls-Royce repercutiu na imprensa internacional. Jornais britânicos relembraram nesta segunda-feira que a empresa já é investigada por autoridades do Reino Unido por suspeitas de pagamento de suborno na China e na Índia. As publicações destacaram ainda que o novo escândalo ocorre em um momento delicado para a companhia britânica, que, em novembro, anunciou que demitiria 2,6 mil funcionários em 18 meses. Diante da repercussão negativa do caso, as ações da Rolls-Royce caíram 0,7% nesta segunda na Bolsa de Valores de Londres.
Fonte: Bahia Econômica
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