O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra Edmilson Lima Gomes da Silva, sócio majoritário e administrador da empresa Atlanta Administradora de Plano de Saúde. Também foram denunciados o sócio e cunhado dele, Manoel Nogueira Moura, por desvio de bens da empresa, e a funcionária Claudineia Lima Moura Silva, sobrinha de Moura, por gestão fraudulenta.
Em setembro de 2006, o administrador da Atlanta celebrou contrato com a operadora Previna Administradora de Serviços Médicos, adquirindo em favor da sua empresa a carteira de 17.403 beneficiários. Tantas foram as reclamações dos segurados que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou o início de uma direção fiscal na Atlanta. A medida foi por duas vezes renovada, até que se ordenou a liquidação extrajudicial da instituição financeira, em junho de 2009.
Em função das intervenções da ANS, vários crimes foram descobertos. O administrador deixou de manter registros contábeis e de submeter suas contas a auditores independentes – até mesmo para dificultar a descoberta dos delitos que praticava. E, quando havia registros, ainda que incompletos, eram superestimados os ativos e subavaliados os passivos da empresa.
E mais, Silva chegou a ordenar a manutenção de conta-corrente não contabilizada. A funcionária da empresa Claudineia emprestou sua conta bancária para que transitassem receitas e despesas da Atlanta, auxiliando Gomes da Silva na manutenção do caixa 2.
Além disto, em 2006 Silva apropriou-se e desviou dinheiros da instituição financeira, fazendo com que suas despesas pessoais fossem pagas pela empresa e contabilizadas como adiantamentos, bem como que vultosas quantias fossem sacadas em espécie.
Pelos crimes cometidos, Silva e Claudineia ficam sujeitos a penas de reclusão que variam de três a doze anos, além de pagamento de multa. Já Moura pode ser condenado de dois a oito anos de reclusão e pagamento de multa.
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