O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse hoje que Tóquio “não se curva perante os terroristas”, após a divulgação de uma mensagem em que um dos reféns japoneses do grupo Estado Islâmico afirma que o companheiro de cativeiro foi executado.
“O Japão vai contribuir na luta da comunidade internacional a favor da paz e contra o terrorismo”, acrescentou Abe no final de uma reunião de emergência do governo de Tóquio, que foi convocada logo após a difusão da gravação.
No registro de áudio, difundido através da rede social Twitter por simpatizantes do Estado Islâmico (ISIS na sigla em inglês), o jornalista japonês Kenji Goto, refém dos extremistas, afirma que o companheiro de cárcere foi executado.
“Não tenho palavras nem imagino a dor da família. Trata-se de um ato terrorista indesculpável e uma barbaridade imperdoável. Estou indignado e condeno-o energicamente”, disse o primeiro-ministro sobre a mensagem que informa sobre a execução de Yukawa, empresário japonês, refém do Estado Islâmico desde 2014, na Síria.
O chefe do Executivo disse ainda que o governo está fazendo todos os esforços necessários para solucionar a situação do jornalista japonês, refém do Estado Islâmico, pedindo para que não lhe façam mal e para que seja libertado de imediato.
Após a difusão das notícias sobre a gravação, a mãe de Goto, Junko Ishido disse que no registro de áudio nota que o filho está “nervoso” diante da proximidade da execução acrescentando que “não pode estar otimista” sobre a situação.
Num vídeo divulgado esta semana, o Estado Islâmico ameaçou matar dois japoneses - o empresário Haruna Yukawa e o jornalista Kenji Goto, se o Governo japonês não pagasse US$ 200 milhões de dólares (172 milhões de euros) no prazo de 72 horas.
Viúvo de 42 anos, Haruna Yukawa foi sequestrado em meados de agosto do ano passado, enquanto alegadamente dava apoio logístico a um grupo rebelde envolvido na guerra civil síria e rival do Estado Islâmico, sendo que a presença do japonês na região nunca foi totalmente explicada.
Kenji Goto, jornalista de 47 anos, tinha se deslocado ao território sírio controlado pelos extremistas no início de outubro, com a intenção de cobrir o conflito no terreno e deveria ter regressado ao Japão no dia 29 do mesmo mês.
Fonte Agência Lusa
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