A investigação sobre o assassinato da italiana Gaia Molinari, que passava férias em Jericoacoara, no Ceará, continua provocando polêmica, desde que Mirian França de Mello, de 31 anos, foi presa por supostas contradições em seu envolvimento. Mirian acompanhava Gaia na viagem pelo litoral.
"Tentei falar com ela por telefone, mas dizem que não podem passar a ligação ou recados. Os policiais viram uma neguinha, pobre, turista e ficou fácil colocar a culpa nela", disse Valdicéia à repórter Bruna Fanti (leia mais aqui).
"Se fosse minha filha morta, será que a italiana estaria presa? É racismo. A delegada disse que vai manter minha filha presa até que ela colabore. O que significa isso? Querem forçar ela a confessar um crime que sei que nunca faria".
Gaia foi encontrada morta no dia 25, no litoral cearense, por estrangulamento.
Outra amiga de Mirian, Raquel Albuquerque, aponta racismo nas investigações sobre o caso. "Ela me disse que na véspera de Natal estava esperando a Gaia voltar para Jericoacara para irem até Canoa Quebrada, mas Gaia não apareceu, nem para jantar", disse ela. "A prenderam por causa da cor da pele. A única coisa que pesa contra ela é o fato de ser negra. É uma discriminação."
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