A atleta Baiana paralímpica de 39 anos, Verônica Almeida, nadou na modalidade borboleta, 12 km entre a localidade de Mar Grande, na Ilha de Itaparica, e a praia do Porto da Barra, em Salvador na manhã desta segunda-feira(12/01) , entrando para o Guinness Book (Livro dos Recordes), como a primeira nadadora a realizar a proeza.
Desde 2007, quando foi diagnosticada com a síndrome de Ehlers-Danlos, a nadadora convive diariamente com a máxima: "Se daqui até lá estiver viva, eu vou". A doença rara, entre outras consequências, obstrui a produção de colágeno feita pelas células. O tratamento é feito em Paris. "Agora, o nível de colágeno está em 1%. Deu uma caída", revelou. O normal é de 20% a 60%. Por isso, tem viagem marcada à capital francesa no dia 20.
Da perspectiva médica, a nadadora está com a vida por um fio desde 2008, quando foi comunicada que só viveria mais um ano. A doença degenerativa provoca também a perda da sustentação nas articulações. Por isso, em 2007 ela passou a usar cadeira de rodas. "Já fui 16 vezes a Paris me tratar. Às vezes só para medir o nível de colágeno. Segundo os médicos, não tem cura, mas poderão descobri-la para outras gerações investigando-a em mim", explica.
Ao lado de Verônica, seis barcos de acompanhamento, mas o maior incentivo veio de dentro. A paratleta tem medo do mar e ultrapassou uma barreira ao completar a travessia.
"Eu sabia que a maior dificuldade que iria encontrar era justamente o medo. Eu tenho muito medo do mar. Na largada eu senti aquele desespero e não sabia o que realmente poderia acontecer. Quando foi se aproximando um barco grande e o medo começou a aumentar, mas aí eu comecei a me concentrar e pensar: "Não, você tem um objetivo muito grande, que é entrar para a história e entrar para o Guinness. Você vai ter que passar por isso. Aí deu", comentou emocionada em entrevista ao Globoesporte.com.
Fonte Ibahia
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