Segundo o IBGE/2013, sua última divulgação, mais de 7 milhões de brasileiros naquele ano viviam em insegurança alimentar; quando não se tem as três refeições básicas diárias garantidas, em outras palavras, PASSANDO FOME. Esse número em 2009, seu levantamento anterior, era de mais de 10 milhões. Devido à ações sociais do governo, esta estatística vem caindo, embora isto não seja motivo de comemoração.
Ver esses dados no noticiário é fácil, difícil é conviver com essa realidade, pois, infelizmente a pesquisa não mente. É duro digerir, mas, numa mesma localidade onde pessoas desembolsam de 10 a 15 mil reais para morar de aluguem num resort, longe dali apenas um quilometro, crianças choram por comida, efeitos da realidade da ainda perversa distribuição de renda de um país rico, que faz parte das 20 nações mais importantes do mundo, país que deixa valores exorbitantes, maiores que o PIB de muitas nações saírem pelo ralo da corrupção; e que ainda não consegue garantir o mínimo de dignidade a quase 5% de sua população. Refiro-me à alimentação, sem falar em moradia digna, saúde, educação e lazer.
É preciso se olhar para as pessoas que ainda se encontram nesta situação de extrema pobreza. Esse é um problema social de responsabilidade de cada um de nós, até mesmo de quem se encontra nesta situação de miséria. Não vamos esperar que o poder público por si só viesse sanar o problema, nem mesmo esperar que Deus si materialize para resolver; temos gabaritos dados por Ele para isso: compaixão, amor, solidariedade... É necessário cada um se mexer na sua oportunidade e compreender que a desgraça e a miséria pode atingir qualquer um.
A resolução realmente deve vir da contribuição de cada um, somados à ação do governo, e principalmente, o querer dessas pessoas, pois, às vezes já estão tão acostumados com a situação de maneira que procura apenas conseguir alguma esmola para manter-se vivo, e pensa que já não tem mais direito à cidadania.
Texto por Erasmo Amorim
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