Durante encontro na Associação Médica de Brasília, Aécio Neves (PSDB-MG) foi contraditório ao criticar o programa Mais Médicos por trazer médicos estrangeiros, e ao mesmo tempo prometer 500 grandes unidades regionais de saúde. Antes, Aécio disse que manteria o programa. Agora, o candidato tucano à Presidência da República chegou a dizer que o Mais Médicos era uma “violência sem tamanho”.
Apesar de ser contra o programa tem conseguido levar assistência médica às periferias das grandes cidades e municípios do interior do Brasil beneficiando 50 milhões de pessoas e, em fevereiro deste ano, conseguiu atender completamente a demanda das cidades com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo e muito baixo e das regiões mais vulneráveis, como o Semiárido, o Vale do Jequitinhonha/Mucuri, em Minas Gerais, o Médio Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, e o Vale do Ribeira, em São Paulo.
O programa contratou 14.462 médicos, a maioria cubanos, que foram deslocados para regiões onde a abertura de vagas não atraiu médicos brasileiros. A presidente Dilma Rousseff em sabatina, no dia 28 de julho, destacou que o programa foi uma solução para levar médicos aonde não havia. Afinal, “quem está doente não pode esperar”.
Aécio disse que os “médicos cubanos têm prazo de validade”. A pedra no sapato do tucano é o convênio firmado com o governo de Cuba para a vinda de profissionais. O senador tucano não se conforma com o fato de ter que contar com a ajuda e o exemplo cubano para a área da saúde. Em várias entrevistas já deixou claro que a primeira meta será romper o convênio.
Os profissionais cubanos que são mundialmente reconhecidos e elogiados pela população brasileira por sua visão humanitária do atendimento à saúde atuam principalmente em áreas de grande vulnerabilidade social que não conseguiam atendimento antes da vinda de médicos estrangeiros, já que os médicos formados no Brasil não chegavam a esses lugares.
A participação de médicos estrangeiros é uma solução emergencial prevista pelo programa. Dentro do planejamento do Mais Médicos, a prioridade é para profissionais formados no Brasil. Nesse sentido, o governo brasileiro abriu 2.338 novas vagas em universidades, em absoluta maioria pública, e até 2017, serão abertas 11.500 novas vagas para graduação na área de saúde e 12.400 para residência médica.
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