Um vídeo gravado por uma das testemunhas no local mostra os momentos que antecedem a morte do camelô Carlos Augusto Muniz, que foi vítima de um disparo realizado pelo policial militar Henrique Bueno de Araújo. O caso aconteceu na tarde da quinta-feira passada (18), quando três PMs efetuavam a prisão de outro ambulante na rua Doze de Outubro, na zona oeste de São Paulo.
Os policiais trabalhavam na Operação Delegada, uma parceria da PM com a prefeitura paulistana. Enquanto os agentes tentavam deter um dos ambulantes, um grande número de pessoas que protestavam contra a prisão se posicionou ao redor. Carlos tentou tirar a lata de spray de pimenta da mão de um dos policiais, Henrique, que reagiu e baleou o vendedor na cabeça.
Carlos morreu logo em seguida e, nessa última sexta-feira (19), a família teve que ir ao Instituto Médico Legal (IML) para liberar seu corpo, que deve viajar para o Piauí, onde serão feitos o velório e o enterro. O policial, por sua vez, foi autuado em flagrante, indiciado por homicídio com dolo eventual, quando é assumido o risco de matar, e levado para o Presídio Militar Romão Gomes. Há nove anos na corporação, Henrique prestou depoimento dizendo que o tiro foi acidental – versão contestada por diversas testemunhas presentes durante o ocorrido.
O acontecimento gerou protestos na região e, segundo o coronel Glauco Carvalho, que comanda o policiamento na cidade, acabou também afetando a forma com que a fiscalização do comércio ilegal deve ocorrer daqui em diante. A nova regra é que as duplas de PMs serão substituídas por grupos de policiais durante as operações.
Informação G1 Veja o vídeo abaixo:
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