A pressão da sociedade civil faz com que o gestor público coloque a educação como prioridade de um governo. Este é o diagnóstico feito pelo diretor do Instituto Ayrton Senna e ex-secretário de Educação de Pernambuco (2003 a 2006), Mozart Neves Ramos, durante a mesa redonda “Educação e Sociedade”. O debate, que teve a presença da ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (2007 a 2012) Maria do Pilar, hoje diretora da Fundaçao S/M Brasil, e do americano Brian Perkins, pesquisador da Universidade de Columbia, fez parte da programação desta sexta-feira do encontro internacional Educação 360. A mediação foi do editor de Sociedade, do GLOBO, William Helal Filho.
"Se não houver pressão da sociedade, o gestor público não trata a educação como importante. Mas isso não basta: tem que ser prioridade". Defende Mozart Neves Ramos. O pesquisador aconselha que se mude a lógica do atual modelo de investimento em educação. Hoje, ele diz, os governos injetam mais dinheiro no fim do caminho, o ensino médio. Segundo Perkins, o aporte financeiro nos primeiros anos da educação básica refletem resultados melhores no final da jornada escolar.
"Criei um programa em que o aluno não passava da 3ª, 5ª e 8ª série se não tivesse um determinado nível de leitura e fui muito criticado pela possibilidade de reprovação de crianças tão novas. Oito anos depois, essa geração de estudantes apresentaram resultados muito melhores no ensino médio. Isso deixou claro que vale a pena aumentar os investimentos na educação básica". Afirma Perkin
O que vale apenas ressalta é que os professores também tem de se empenhar em suas funções e não apenas reivindicar melhores salários como na maioria das vezes acontece. Veja mais sobre o assunto clicando AQUI!
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