Reportagem exibida na noite desta quinta-feira (26), pelo Jornal Nacional (assista aqui) sobre a mudança de humor da imprensa internacional ao noticiar a Copa do Mundo no Brasil pode ser vista como a maneira da Globo de pedir desculpas. Da bancada, o editor-chefe e âncora do principal noticiário da emissora atribui "especialmente" aos jornais e revistas estrangeiros a publicação de "críticas ácidas" sobre o evento.
"Durante meses, os atrasos e os problemas de organização da Copa do Mundo foram assuntos de muitas reportagens no Brasil e no exterior. Existia no ar uma consequência generalizada quanto à consequência dos atrasos, das obras não concluídas e os jornais estrangeiros eram especialmente ácidos nas críticas. Mas o fato é que, aos poucos, desde o início desse Mundial, isso tem mudado", diz Bonner.
O que não fica claro, no entanto, é que boa parte do mau humor veio da imprensa brasileira, que estampava em suas manchetes manifestações contra o Mundial que reuniam dezenas de pessoas e ressaltava principalmente os atrasos e os "tapumes" nas obras de infraestrutura, diminuindo – se não ignorando – os números positivos que o evento trouxe para o País.
Com o início da Copa, as coisas mudaram. Viu-se que as manifestações previstas ocorreram em número bem menor que o esperado, não atrapalhando a organização do evento, e que o clima é, principalmente, de hospitalidade e festa. Alguns jornais da mídia familiar brasileira já desembarcaram até mesmo da teoria do caos da Copa, que eles próprios criaram (leia mais aqui).
"Muitos problemas que antes eram previstos para a Copa do Mundo no Brasil não se confirmaram. Aos poucos, o tom crítico da imprensa internacional foi mudando com reportagens que retratam também o clima festivo desse Mundial", disse ontem a correspondente da Globo em Nova York Elaine Bast. Ela mostra a cobertura primeiro negativa de algumas publicações internacionais, e depois positivas, após o início da Copa.
A conclusão pode sair do título de uma dessas reportagens. "Não era para tanto", escreveu o jornal espanhol El País.
Com Informações via Brasil247
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