Na manhã desta quinta-feira (15), depois de dois anos de investigações ativistas do Greenpeace ocuparam hoje a madeireira Pampa Exportações Ltda, próximo a Belém (PA), para protestar contra a exploração ilegal e predatória de madeira na Amazônia e o descontrole que impera no setor. Faixas com as mensagens: “Lavando madeira para fora”; “Sua madeira lavada a sério”; “Apoio: governo brasileiro” e “Crime” foram espalhadas pelo local para expor a fragilidade do sistema de controle de comércio de produtos florestais.
Nos últimos meses, ativistas do Greenpeace sondaram milhares de quilômetros para saber como a exploração de madeira está sendo feita na maior floresta tropical do planeta. Os ativistas manteve conversas com moradores de comunidades, muitos ameaçados de morte, e também com estudiosos, madeireiros e procuradores do Ministério Público Federal sobre a situação do local.
Também foi analisadas imagens de satélite sendo feita uma extensa pesquisa sobre as praticas do setor. A investigação concluiu que a retirada ilegal de madeira é regra na Amazônia. Pior: ela é alimentada pelas falhas no sistema de controle do próprio governo. Para se ter uma ideia, entre 2011 e 2012, 78% das áreas de extração de madeira no Pará não tinham autorização. Esse índice chega a 54% para o Mato Grosso, segundo maior produtor de madeira da Amazônia, depois do Pará.
Boa parte dessa madeira é escoada para o mercado, nacional e internacional e pode parar nas nossas casas. O detalhe perverso é que essa madeira de origem suja, muitas vezes, está acompanhada de um documento que atesta sua legalidade. Trata-se de ‘lavagem’ de madeira ilegal com documentos oficiais.
Você pode nos ajudar a dar um ponto final nesses crimes ambientais. Mande uma mensagem à presidenta Dilma e aos candidatos à Presidência da República para que a retirada de madeira seja feita de forma responsável, respeitando a floresta e seus povos.
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