“Conheço de perto a cafeicultura da Bahia, sei do momento difícil pelo qual a atividade passa por conta da seca. Contudo, a assistência técnica específica e capacitada, neste momento, fará com que os produtores levantem a cabeça e impulsionem sua produtividade”, destacou o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, que foi presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé) por duas vezes, ao referir-se à Chamada Pública disponibilizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para os seis maiores estados produtores de café do Brasil.
A Chamada Pública é fruto de acordo firmado entre governos federal e estadual, através da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), e vai selecionar até o próximo dia 30 de outubro deste ano, entidades para prestação de serviço de ATER, destinado aos agricultores familiares, compreendendo planejamento, execução e avaliação de atividades individuais e coletivas, com vistas ao desenvolvimento sustentável das Unidades de Produção Familiar na Bahia de café arábica (Coffeaarabica).
Duas mil famílias produtoras de café da Chapada Diamantina e região Sudoeste do Estado receberão assistência técnica especializada durante o período de três anos. No total, 23 municípios baianos estão inseridos nesse projeto de ATER. Os municípios baianos atendidos serão: Barra da Estiva, Piatã, Ibicoara, Bonito, Seabra, Ituaçu, Iraquara, Abaíra, Brejões, Itiruçu, Rio de Contas, Ubaíra, Mucugê, Barra do Choça, Vitória da Conquista, Nova Canaã, Encruzilhada, Planalto, Mulungu do Morro, Poções e Iguaí.
“A cafeicultura é uma atividade agrícola predominantemente da agricultura familiar, uma média de 90% são pequenos produtores. Serão 30 técnicos especializados no campo, acompanhando essas famílias, para fortalecer a cadeia produtiva do café no Estado”, salientou Eduardo Salles.
A chamada pública visa atender 15 mil famílias produtoras de café nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, São Paulo e Rondônia, com um valor investido de R$ 41,3 milhões. As entidades de prestação de serviços de ATER atuarão através de seis eixos estratégicos principais: organização da produção e dos agricultores; gestão da atividade cafeeira e da unidade de produção familiar; produtividade; qualidade do produto; preparação para certificação e comercialização.
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