O tempo passa muito rápido e a cada dia fica uma historia para ser contada. Alguns que poderia ser esquecidas no tempo outras para ser lembrar eternamente. E uma desta historia para os torcedores do Flamengo e os amantes do futebol e vida de Artur Antunes de Coimbra ou simplesmente Zico ou o “Galinho de Quintinho”.
Ele nasceu às 7h do dia 3 de março de 1953, na casa 7 da rua Lucinda Barbosa, no subúrbio de Quintino Bocaiúva, zona norte do Rio de Janeiro.
Matilde , mãe de Zico. |
José Antunesa, pai de Zico |
O caçula dos seis filhos do imigrante português de Tondela, José Antunes Coimbra, com a carioca da gema, Matilde da Silva Coimbra. Seu Antunes, fervoroso torcedor do Flamengo, foi goleiro amador na juventude e por pouco não se profissionalizou por seu clube de coração. Trabalhou em padaria, mas já estava dedicado ao ofício de alfaiate no terceiro ano da década de 50. Já dona Matilde, a Tidinha, era a responsável por organizar o time da casa, que acabava de ganhar um reforço. Pela ordem, a família Coimbra já contava com Maria José (Zezé), José Antunes (Zeca), Fernando (Nando), Eduardo (Edu) e Antônio (Tunico).
Pequeno e franzino, não foi difícil Arthur virar Arthurzinho e depois Arthurzico. Até que uma prima, Ermelinda, reduziu carinhosamente para Zico. O outro apelido, o de Galinho de Quintino, foi dado anos depois pelo radialista Waldyr Amaral, que se inspirou no jeito de andar do craque.
Socrates, Tele e Zico na Seleção |
Ao longo de sua carreira, Zico jogou em apenas Três equipes: Flamengo, Udinese e Kashima Antlers. A história de Zico no Flamengo começou em 1967, na escolinha do clube. Zico foi levado pelo radialista Celso Garcia, que, convidado por Ximango, um amigo da família Coimbra, viu Zico arrebentar numa partida de futebol de salão do River.
O garoto marcou nove gols na maiúscula vitória de 14 x 0. Mas por pouco Zico não foi parar no América, já que o irmão Edu havia acertado, naquela mesma semana, tudo com a escolinha do Alvi-Rubro. A paixão pelo Flamengo falou mais alto. O primeiro jogo no Maracanã aconteceu três anos depois, ainda pela escolinha do Flamengo. O ‘violino’ Carlinhos, que mais tarde viria a ser formador de talentos e treinador campeão pelo clube, estava se despedindo da carreira de atleta num jogo entre Flamengo x América, que terminou empatado em 0 a 0. Zico recebeu de Carlinhos o par de chuteiras, instrumento de trabalho que era arma poderosa nos pés do habilidoso e cerebral meia Carlinhos.
22 de agosto de 1976 , depois de perder a decisão da Taça Guanabara para o Vasco parecia que tudo andava mal na Gávea. Porém, um acontecimento muito mais grave abalaria realmente a trajetória de Zico e seus companheiros de Flamengo. Amigo do Galinho desde as divisões de base, jogador talentosissímo, que chegou à seleção brasileira antes do camisa 10, Geraldo, conhecido como Assoviador, sofreu uma parada cardíaca durante operação de retirada das amídgalas e faleceu aos 22 anos.
Zico é o maior artilheiro da história do Flamengo com 508 gols em 731 jogos, e ídolo de uma nação com mais de 35 milhões de torcedores espalhados pelo país. Deixou sua marca 333 vezes no Maracanã, um recorde que ainda não foi quebrado por nenhum outro jogador.
Casamento de Zico e Sandra |
"São 32 anos juntos, a maior parte de nossas vidas, e sempre o vi como um homem íntegro e determinado. Acompanhei tudo que se passou com ele. Apesar da profissão, das concentrações, sempre foi um marido exemplar e nunca brigamos seriamente. Sempre me respeitou como mulher, apoiou minhas iniciativas mostrando interesse em participar de tudo e me deu muitos conselhos. Ele é romântico e carinhoso comigo e com os filhos. Como pai, é atencioso e, mesmo na época em que jogava, buscava estar ao nosso lado para acompanhar o crescimento dos meninos. Trocava fraldas, conferia se eles estavam estudando e queria saber de tudo, mesmo por telefone. Fazia argüições das matérias, principalmente com o Júnior e o Bruno, para que eles chegassem preparados nas provas. Apoiou os meninos nas escolhas profissionais, dando liberdade a eles. Olha, só à noite é que não se podia contar com ele, pois Zico dorme como uma pedra... É uma pessoa muito calma e equilibrada em suas decisões, tanto que costumo dizer que ele faz análise dentro dele mesmo. Jamais tem atitudes precipitadas e é extremamente intuitivo, parece que sente o que vai acontecer."
O "Galinho de Quintinho" Conquistou a Itália nas duas temporadas em que jogou pela Udinese, deixando um tempero de feijoada na tradicional ‘macarronada’.
No Japão, tem a admiração de um povo que não se cansa de homenageá-lo pelo que ele fez no futebol da Terra do Sol Nascente. Os japoneses transformaram sua despedida definitiva dos gramados em um carnaval (1994), construíram duas estátuas, e o imperador entregou a ele uma comenda pelos serviços prestados ao país. A prova maior de confiança, no entanto, aconteceu quando lhe deram a árdua missão de assumir o comando da seleção nacional que buscava a vaga na Copa de 2006.
Dos tempos de jogador, vale ainda destacar a reverência dos países por onde Zico apenas passou, como a França e a Espanha.
Dos tempos de jogador, vale ainda destacar a reverência dos países por onde Zico apenas passou, como a França e a Espanha.
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