Um esquema de pagamento de propina para aprovação de projetos não prosperou em Bocaiúva, cidade com pouco mais de 46 mil habitantes, no Norte de Minas. O prefeito Ricardo Afonso Veloso (PSDB) tentou conseguir maioria entre os nove vereadores da Câmara Municipal para aprovação de um projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) no valor de R$ 3 milhões, pagando propina, mas foi denunciado. A negociata, entretanto, ganhou tons mais fortes. Para intermediar a negociação ilegal com o vereador Edson Cândido da Silva (PP), Veloso escolheu o comerciante com fama de valentão e seu lobista, Alexander Mattos Efrain, que pesou a mão na abordagem, e acabou preso em razão de sua coleção de armas, documentos irregulares, carimbos e certidões, entre outras falsificações. Além disso, Efrain está sendo investigado por lesar os cofres estaduais em cerca de R$ 15 mil mensais, desde 2006. Falsificador habilidoso, criou, apenas no papel, um irmão menor para receber a pensão de seu pai, coletor da Fazenda Estadual. A estimativa é que o Estado tenha perdido até R$ 900 mil só com o pagamento do benefício.
Fonte EM - Estado de Minas
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